terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Beautiful Legs, Umbrella.



Foram quinze minutos de loucura.

Quando vi a fumaça ao meu redor, pensei que estava na hora de deixá-la ir para sempre. Tentei esquecer o seu aniversário, o brilho dos seus olhos, os nossos planos e todas as nossas histórias. Em pouquíssimos instantes, tudo ao meu redor me levou a crer que era hora de partir. E o fiz.

Disfarcei em um amor travestido de perfeito a falta que ela me fez e a vontade de voltar atrás. Era tarde. Não éramos mais sequer amigos de verdade. Eu fugi. Afinal, é perigoso assumir um amor cercado de barreiras quando se é tão fraco! E assim o fiz tantas vezes, com tantos outros planos.

Tudo foi em vão.

A essas alturas, estaria bem se não soubesse o seu nome. Mas, já que a encontrei solitária pelas ruas nesta tarde chuvosa, não seria má ideia convidá-la a fugir, a se confundir com minhas palavras sem nexo, e implorar para que me perdoasse por tê-la abandonado. E então, saberia o verdadeiro motivo de eu nunca tê-la amado como merecia: Eu apenas queria que ela fosse feliz.