sexta-feira, 26 de abril de 2013

And I Could Be Gone Today

Sim, eu vi o meu amor ontem a noite, e ela estava incrivelmente perfeita. Sim, ela estava linda. Me cativava com aquele sorriso arrebatador segundo após segundo, e aquela pose constante de dama me deixava desconsertado.

Era como em um sonho. Era um sonho? Não sei. Eu vi o meu amor! Já estamos tão longe agora, e estou com a sensação de que foi a última vez, como tive todas as outras vezes.

Ela passou tão longe, como em um sonho, como se não me conhecesse. Como se me amasse, mas não soubesse quem sou. Como se tivéssemos passado a vida inteira juntos, mas no meio do caminho houvéssemos acordado de um sonho.

Sim, ontem a noite eu vi o meu amor, tão linda, tão bela! Precisei partir, como se fosse a última vez. Precisei me despedir de seus doces beijos que nunca existiram, e de sua tênue voz, que não passava de ilusão. Nunca é cedo para dizer adeus. Sei que nos veremos em breve, ou não.

Posso ter medo, como das outras vezes, mas eu vi o meu amor mais uma vez. Não me contento em ser a última vez, não me contento em ser o adeus.

Até logo, meu tudo.



quarta-feira, 17 de abril de 2013

Hey, Wait!

Acordei em um dia incomum. Chove muito fora do apartamento. Chove muito dentro de minha cabeça. Meus fantasmas reclamam de frio. Terrível demais ler histórias sem sucesso? Terrível demais acordar de um mundo perfeito? Talvez sim, para muitos.

Sento em minha poltrona, com uma dose de Whisky na mão, e um charuto aceso na escrivaninha e começo a perceber que nada é mais desolador do que não se ver feliz. Aquela chuva me deixou um pouco mais longe de mim hoje. 

Olho para o sofá, e percebo que ninguém pode ficar ali comigo. Ninguém está aqui para isso. Boas lembranças é que não faltam, daquele amor proibido, daquele beijo roubado, daquelas declarações sinceras, nada planejado. Sim, senti falta, hoje, de amar, ser amado, de ter um "tudo".

Até mais ver.