segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Seven chances, seven choices



"Enquanto olho para os seus olhos verdes, espero uma resposta convincente acerca de um motivo para ficar."

Eram quatro horas da tarde e, costumeiro de uma tarde de inverno, o sol apressava-se em esconder entre as árvores que estavam mais a oeste naquele parque.

Caminhávamos de braços dados por entre os espécimes ali plantados, os quais não saberia distinguir - sequer se estivesse plenamente sóbrio.

Com o frio em nosso encalço, disfarço minha voz levemente embargada com o fato de não estar suficientemente agasalhado, por mais que o frio cortante daquelas sombras fosse mais confortável do que a sensação de que o relógio me furtava apressado os minutos ao seu lado.

Insisto em dizê-la que estava me sentindo bem como nunca. Torço minhas lembranças como um lenço úmido, a fim de retirar dali argumentos como gotas que pudessem disfarçar a pesada saudade que, há alguns carnavais, sua ausência me provocava.

Como uma faísca em um barril de pólvora dos meus sentimentos, diminuo meus passos - sabe-se lá de qual de meus abismos encontro tal desatino - e peço:

- Você me perdoaria se confessasse que te amo?


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